Frost & Sullivan’s Transformational Health constata que demonstrar o ROI é crítico para o mercado de saúde digital se estabelecer no Brasil

SÃO PAULO, Brasil – 20-03-2017 – O aumento contínuo no número de idosos e pacientes com doenças crônicas no Brasil vêm colocando luz na necessidade de soluções de saúde voltadas à prevenção a exemplo de telemedicina e saúde móvel (mHealth). Estas duas frentes na saúde digital sugerem níveis nunca antes vistos no tocante à eficácia e qualidade na provisão de saúde, o que, por sua vez, pode reduzir o saldo dos elevadíssimos gastos com saúde no país. Além do mais, podem otimizar fluxos de receita, e aprimorar os pontos de contato tanto em direção aos pacientes quanto médicos, de modo que a entrega de saúde possa ser feita nas pontas dos dedos dos pacientes.

“Há um crescente interesse em soluções digitais orientadas ao uso profissional e também focadas no consumidor, embora muitas destas soluções tenham que superar uma fase embrionária piloto para que sejam, de fato, comercializáveis”, apontou o analista Rafael Pellegrini da Frost & Sullivan Transformational Health. Ele acrescenta que, “os participantes do mercado de Telemedicina e mHealth, portanto, precisam ter em mente soluções centradas no consumidor e que simultaneamente seus modelos de negócios possam gerar escala com retornos sobre o investimento (ROI) tangíveis”.

Mobile Health and Telemedicine Markets in Brazil, Forecast to 2020, estudo recente da Frost & Sullivan e seu programa de subscrição – Connected Health; revelam que o mercado de mHealth foi estimado em 531 milhões de dólares em 2016 no Brasil e a expectativa de atingir incríveis 1.43 bilhões de dólares em 2020, representando uma taxa anual de crescimento composta (CAGR) de 26.3%. Já o valor do mercado de telemedicina foi estimado em 522 milhões de dólares em 2016 e previsto para alcançar 744 milhões de dólares em 2020 a um CAGR de 8.5%.

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Embora os benefícios de mHeath e telemedicina sejam incontestáveis, o mercado é irrefutavelmente incipiente e afetado, em grande parte, pela percepção de baixo valor por muitos consumidores e usuários finais. Somado a isto, uma infraestrutura caducante, falta de estrutura e especialistas em extensas regiões brasileiras, além de preocupações inerentes em torno de privacidade e segurança, são todas estas, forças contrárias, que pressionam o mercado contra a possibilidade de atingir todo o seu potencial. 

“Os mercados de telemedicina e mHealth começaram a enfrentar a relutância dos consumidores através da introdução de novas linhas de serviços, além de atualizações dos atuais serviços e plataformas já existentes no mercado”, apontou Pellegrini. “Os participantes que, muito provavelmente, obterão sucesso no mercado, serão aqueles que de forma clara consigam demonstrar e medir o ROI, performance e custo-efetividade de suas soluções. Ainda assim, há um longo caminho para atrair clientes em negócios B2B como operadoras de planos de saúde, governo e indústria farmacêutica.

Mobile Health and Telemedicine Markets in Brazil, Forecast to 2020

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